Tecnologia[1]

 

Etimologicamente o termo tecnologia deveria significar o estudo de técnicas. Na prática, sua acepção usual é o conjunto de técnicas de produção em um determinado estágio de desenvolvimento, usando-se também estágio tecnológico.

 

Calendário do Museum der Arbeit, Hamburg,
2000 Oktober

 

A tecnologia se forma na produção, especialmente na produção dos meios de produção (Departamento I de Marx) que, fornecendo o maquinário aos ramos de produção dos meios de consumo, acaba determinando o conjunto de técnicas de toda a produção.

O desenvolvimento da produção consiste essencialmente no aumento da produtividade das técnicas de produção que eleva, em última instância, a produtividade do trabalho.

Desse modo, o desenvolvimento tecnológico leva, a longo prazo, à superprodução, automatização e à desindustrialização -- tantas tendências do capitalismo contemporâneo (ou capitalismo tardio).

 

 

Rigidez de uma técnica de produção. - Onde <fi-barra> é a rigidez dá técnica de produção no momento da implantação do processo produtivo; <fi> é o coeficiente de rigidez do capital K/k, T o tempo de vida útil (presumido) do capital fixo e <pi> a taxa média de lucro na economia (Deák, 1985:137).

 

Técnica de produção

 

Uma técnica de produção é uma particular combinação dos diversos meios e materiais de produção. Um processo individual de produção novo determinará o uso de cada meio na combinação de acordo com a melhor técnica, sendo essa a mais produtiva (que resulta no menor preço de produção).

O capital investido em uma técnica de produção é composto de capital fixo (maquinário, edificação e localização) e capital circulante. A rigidez do capital investido, e com ela a rigidez da própria técnica de produção, depende da proporção do capital fixo sobre o capital circulante, o período de obsolescência do capital fixo e da taxa de lucro médio na economia. A presença desse último mostra que a rigidez da técnica não é apenas intrínseca --não depende apenas de suas próprias características--, senão, inserida como está na produção social como um todo, é função também do estágio de desenvolvimento em questão.

A substituição de uma técnica de produção implica no custo da desvalorização do capital fixo ainda não amortizado, desmentindo o pressuposto do equilíbrio da teoria marginalista.

 

Referência

 

Deák (1985) Rent theory and the price of urban land/ Spatial organization in a capitalist economy PhD Thesis, University of Cambridge, Cambridge, especialmente "Chap.5  Fixed capital and the transformation of the production process"

 

Fonte: http://www.usp.br/fau/docentes/depprojeto/c_deak/CD/4verb/ideolog/index.html